1ª quinzena de setembro de 2008 - Coluna 115
(Próxima coluna: 18/09)
Até quando?
Até quando essa província (cidade? – glup!) será sustentada pelas vitrines fotográficas sociais (sociais?!)? Até quando jornalistas recém formados serão obrigados a "praticarem" esse crime hediondo que se chama coluna social (sim, eles precisam trabalhar!)? Até quando as pobres árvores serão abatidas covardemente em prol de algumas figurinhas carimbadas de sobrenomes distintos (às vezes nem tanto) continuarem a ser estampadas a sangue em seu corpo? Até quando esse marasmo, essa falsidade, essa futilidade generalizada e viciada continuará permeando e se impondo autoritariamente ante nossos olhos estupefatos? Até quando vão continuar me perguntando qual o meu sobrenome e se sou deste ou daquele ramo da minha família? Até quando veremos madames desfilando e ostentando animais mortos em seus enrugados pescoços? Até quando o brilho do falso brilhante e da zircônia? Até quando a insensibilidade e a fome? Até quando apenas uma empresa de transporte urbano? Até quando as madames com PhD em falências no comando dessa falsa "alta sociedade" (que nem é tão alta assim, sejamos sensatos!)? Até quando as receitas culinárias enganadoras e falsificadas?
Enquanto idiotas existirem e continuarem a fazer cara de admiração, talvez. E aí eu pergunto: cara-pálida, em que século você vive? Mundo global, já ouviu falar? Então se ligue...
Será que dá pra alguém fechar a porta atrás de mim?
Fui... Ao som da música e cantando:
"Down, down, down no hight society..."