2ª quinzena de dezembro de 2008 - Coluna 122
(Próxima coluna: 18/1/2009)
Mas será o paraíso?!?
Existem pesquisas pra quase tudo: qual o melhor creme dental, o melhor absorvente, a margarina mais parecida com manteiga, a melhor ração pro seu animalzinho, o melhor iogurte laxante, o melhor óleo pro seu carro, o índice de criminalidade no seu bairro, enfim: pra quase tudo mesmo. E há ainda as pesquisas que, ao contrário das anteriores, não são feitas por amostragem ou com o intuito de alavancar vendas de alguns produtos pra algumas camadas da sociedade: são as chamadas "pesquisas técnicas". Estas têm que ser precisas, com bases confiáveis. Dentre estas, incluem-se aquelas passíveis de serem usadas como base ou teor de livros, inclusive. Já repararam na infinidade de livros de diversas correntes filosófico-religiosas abordando o tema: reencarnação e, mais modernamente falando e de forma um pouco mais distante da tendência religiosa, pesquisas (até médicas!) sobre "a hora da morte"?
E os relatos são quase sempre idênticos: um túnel de luz intensa; um clarão muito forte, mal se consegue olhar pra fonte de luz, uma sensação de paz e relaxamento. Paralelamente, os estudiosos em ufologia também arrecadam relatos muito próximos. Luzes piscantes, coloridas; formas parecidas, e os abduzidos sempre iniciam sua narrativa com: um feixe de luz intensa, um clarão muito forte, mal se consegue olhar pra fonte de luz, uma sensação de relaxamento involuntário.
Dando uma de Erich Von Daniken: seriam os deuses astronautas? Será o mundo celestial (descrito em vasta literatura especializada) apenas e tão somente um OVNI? Somos todos extraterrestres ou apenas terráqueos à espera do resgate da grande nave mãe? Os ets vêm do futuro distante ou de um passado remoto? De onde viemos? Quem somos? Para onde vamos? Se confirmadas minhas suspeitas, estamos no meio do caminho? Ou apenas no início? Talvez na reta final? Os UFOS serão a porta de entrada para a nossa viagem para o paraíso?
E há aquela pergunta que não quer calar, latejantemente insistente no meu céu de dúvidas: e a maçã, onde se encaixa?
Bem, melhor deixar de lado esse monte de perguntas "irrespondíveis" por uma reles mortal, e remeter essa prosa pro rumo certo: luzes piscantes e coloridas de Natal! O Natal também nos remete a luzes, relaxamento, introspecção, e presentes... Ah, os presentes! É hora de aumentar a coleção de sabonetes, canetas, vinhos, bibelôs impensáveis, livros imprensáveis, roupas incabíveis e confissões aos pés da árvore (estas, via de regra, inconvenientes). Talvez, nessa época, o paraíso possa ser encontrado no dia seguinte, após uma boa dose de água fresca e um bom remédio pra curar a ressaca da festa nababesca. Mas... faz parte. O que importa é comemorar, abraçar os seus, curtir essa rotina festeira de roteiro quase irretocável.
Como sempre, meu bilhetinho pro "bom velhinho":
Papai Noel, menos pra mim e muito pra quem não tem nada ou pouco pode.
FELIZ NATAL